Crónicas de Berkeley
21.5.05
20.5.05
Futurians
Os fãs da FC sabem quase de certeza quem eram: Fred Pohl, C. M. Kornbluth, Judith Merril, Don Wollheim, James Blish, Damon Knight, e até mesmo o Isaac Asimov, entre outros mais secundários. Talvez menos conhecido é o facto de - apesar de terem passado as décadas de 30 e 40 à beira da miséria - publicarem fanzines de circulação restrita aos membros, darem nomes aos apartamentos onde viviam mais ou menos comunitariamente e até terem canções. Numa destas surgem dois neologismos que julgo que poderiam ser hoje em dia recuperados e universalizados. Muito úteis, como se pode verificar:- pfumpf: someone who farts in the bathtub;
- fooch: a man who smells girls' bicycle seats in the summer.
Matrículas personalizadas CLXXXII a CXCIV
03♥BUG (um carocha de 2003)DR MS
BASSIAN
ZIP CAP
MS PUFF
HELMUTZ
LAMDA 1
GO AAAAS
DAVTYER
X MAC X
DLA♥KMA
LUVROZS
1OUTBACK (um Subaru Outback)
Graduation day(s)
Tem sido toda a semana (até mais, se contarmos com a quinta e a sexta da semana passada). Todos os dias, meia dúzia de cursos tem a cerimónia da Graduation (apesar de a época de exames só ter terminado anteontem). Muitas famílias - algumas vindo de longe, do extremo oriente - e os típicos mas algo ridículos chapéus com a «ardósia» e o berloque em cima, a completar o garment. Quase todos de preto, mas alguns (serão os post-graduates?) com as cores da universidade, o azul mediterrânico e o amarelo dourado.Ah, e por vezes também um colar havaiano!!!!!
Star Wars III
A estreia mundial foi de quarta para quinta, às 00h01m. Nesse dia, o jornal East Bay Daily News avisava na primeira página «Movie may cut worker productivity». Como será que foi em Lisboa?19.5.05
Import/Export (cont.)
Mais duas de que me esqueci num post anterior:- Forbidden rice, da China: dantes, comê-lo era um privilégio reservado ao imperador (daí ser proibido); agora uma delícia para os gourmets. É roxo escuro, quase preto, e depois de cozido - demora uma eternidade a estar pronto - tanto o arroz quanto a água da cozedura ficam de cor púrpura. As nódoas são indeléveis, e até a colher de pau vai ficar com uma longa memória do pitéu;
- Barras de cereais [granola bars] de cânhamo: já que as variedades começam a ser bastantes em Portugal (avelã, chocolate, banana, frutos silvestres, pêssego e até - mas porquê??? - figo), por que não também de cannabis? [Advertência na embalagem: «Seeds contain no detectable levels of THC»] Ah, e provêm de agricultura orgânica e contêm gorduras ricas em Omega-3, que são anti-colesterol e anti-depressivas.
2 Comentários:
- At 5:47 da manhã, escreveu...
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Tempeh e barras de cânhamo há muitos em Lisboa, de várias marcas, há muitos anos. Tenta os Celeiros, ou a Espiral (ao pé da Estefânia). Também já aqui vi iogurte com maple syrup (e maple syrup em si), mas nunca experimentei.
- At 6:27 da tarde, Jorge M. Rosa escreveu...
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Thanks. Também já vi tempeh, mas muito esporadicamente, mesmo nos Celeiros -- ao contrário do tofu e do seitan, que são muito mais fáceis de encontrar. Barras de cânhamo nunca (se calhar porque nunca me dei ao trabalho de procurar), e o mesmo para o iogurte de maple syrup. É um pouco como a SuperBock por aqui: ela existe, temos é de saber onde procurar.
Palavras de ordem XXIX
My favorite all-purpose bumper-sticker is «Keep the Faith and Reelect Nobody».(dizia Theodore Sturgeon, autor de SF, em entrevista ao Charles Platt em Setembro de 1981, publicada em Dream Makers II)
Provavelmente a melhor invenção logo depois da roda
Nada disso! Não só são de marca (Reef) como têm na sola um abre-cápsulas.
É tão útil que vou já comprar vários!!!
18.5.05
17.5.05
Purga fundamentalista
Em nome da liberdade de expressão, devolvi-o ao seu lugar natural, a estante PN1995.9.S45.
2 Comentários:
- At 8:08 da manhã, escreveu...
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Epá, depois da chatice que a Asimov's teve com a mãe de uma adolescente, as revistas e livros de FC devem ir a seguir!!!
;) - At 6:34 da tarde, Jorge M. Rosa escreveu...
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Por enquanto este está a salvo. Mas quando eu me for embora, quem vai zelar por isto???? :)
16.5.05
Import/Export
Aproveitando a referência ao atum português em terras californianas, aqui vai uma lista de produtos de que vou ter saudades, à atenção de todos os importadores nacionais. Garanto que serei o primeiro a comprá-los logo que apareçam por Lisboa.- Elephant Garlic, da Califórnia: gigantesco (um dente é maior do que toda uma cabeça de alho), mas a maior surpresa não está no tamanho, e sim no aroma e no sabor. Em vez da agressividade do alho, um aroma muito mais perfumado, com apenas um ligeiro travo pungente. Ideal para refogados;
- Iogurte de Maple Syrup: o melhor de dois mundos - o cremoso do iogurte com o sabor algo caramelizado do xarope de ácer (ou de bordo). Depois de se experimentar morangos cobertos com este iogurte, não se volta a pensar em chantilly;
- Mole Negro, do México: já não é preciso ir a um restaurante mexicano para provar este molho de inúmeras especiarias (incluindo chocolate), tradicionalmente reservado a festas como casamentos e aniversários;
- Tempeh, salvo erro da Tailândia: por vezes encontra-se nas lojas de comida vegetariana e macrobiótica, mas muito raramente. Uma variante do tofu, mas com uma textura muito mais agradável, para a qual os pedacinhos de cereal contribuem. O original é apenas feito com soja, mas há muitas variedades, de que recomendo o «five grain»;
- Ravioli coloridos, abastardados da Itália: claro que se encontra ravioli em qualquer restaurante italiano, e até mesmo nos supermercados; mas são duma monótona cor de massa, já para não falar nos pouco imaginativos recheios. Aqui são psicadelicamente coloridos por fora, e o formato varia também consoante o recheio: além dos tradicionais «requeijão e espinafres» e «5 queijos», há sabores como abóbora (oval, sarapintado à Seurat) e o fantástico «Magical Mushrooms» (triangular, às riscas tipo abelha);
- Thai noodles, obviamente da Tailândia: não tanto o produto, mas antes o conceito. Restaurantes tailandeses é coisa que não abunda por Lisboa; fast-food tailandesa é quase inimaginável. Mas depois de se provar uns «spicy stir fried noodles», com a massa quase transparente, o molho perfumado e picante com o inevitável lemon-grass, o feijão-verde oriental, os bocadinhos de amendoim e de coentros, fica-se convertido. E demora 3 minutos a estar pronto!
You can tune a piano, but you can't tuna fish
2 Comentários:
- At 5:22 da tarde, escreveu...
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Provavelmente até se tratará de uma marca portuguesa mas disfarçada para o mercado americano. Só verificando o fine print se poderá perceber. Pelo menos com o vinho foi o que me aconteceu numa loja da Solano Av. Só mesmo lendo as letrinhas pequeninas é que se descobria ser da Quinta da Aveleda.
- At 6:37 da tarde, Jorge M. Rosa escreveu...
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E por falar em vinhos, conheci uma professora portuguesa (salvo erro de engenharia do ambiente) que vive cá. O marido (aqui da Califórnia) é produtor de um vinho com 14,5 de graduação alcoólica.
Creio também que é na Solano que há uma loja que vende SuperBock e Sagres.
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