Rhodomagnetic Digest
A Rhodomagnetic Digest era um excelente fanzine de fantasia (menos) e ficção científica (mais) publicado nos anos 50 (desconheço a data de término) aqui em Berkeley pela «Elves', Gnomes and Little Men's Science Fiction, Chowder and Marching Society». Parte significativa do corpo editorial incluia graduados e mesmo professores já doutorados da UCB, que contribuíam com artigos de valor académico (apenas aligeirados, mas muito pouco, devido à heterogeneidade de backgrounds dos leitores).Não era um fanzine qualquer, e prova disso são as cartas enviadas por escritores e editores, como Horace Gold. Alguns dos autores de artigos viriam mais tarde a publicar livros e artigos académicos sobre ficção científica, outros já o faziam mas não se importavam de chegar a outro público. O mesmo viria a ocorrer com a Riverside Quarterly, cujo editor principal, Leland Sapiro, começou pela Rhodomagnetic Digest (é até possível que haja uma relação de filiação entre os dois fanzines, mas ainda não consegui confirmá-lo).
Nos números do início da década de 50, é possível ler alguns ataques, muito bem fundamentados, à cientologia/dianética, e ainda algumas palavras bem irónicas para o McCarthyismo (que logo que possa vou fotografar, pois têm de ser vistas em fac-simile).
Além dos assinantes e compradores avulso, este fanzine chegou a ter publicidade nalgumas páginas, para financiar os custos de produção. No número de Julho/Agosto de 1951, terminavam a conversa do «Anuncie aqui. Este espaço pode ser seu» com «Honest, our readers will buy anything. They bought this magazine.»
A sede dos «Elves», ou mais concretamente a tipografia onde eram produzidos os exemplares, ficava no número 2524 da Telegraph. Fui lá tirar uma foto, mas o edifício já não existe: a numeração salta do 2516 para o 2548.
[UPDATE (após uma amável sugestão do Rogério)]: O edifício mudou-se apenas para uma dimensão paralela. Claro que não posso revelar o local preciso do portal interdimensional; prometi-o aos «Elves»!
1 Comentários:
Está lá, está. Tu é que não procuraste bem! Qualquer livro do Clive Barker explica que é só esticar a mão e abrir uma passagem ;)
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